Agora que eu sou mãe

Um espaço para compartilhar as aventuras de ser mãe

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

pés

livre demanda na amamentação

Hoje na lista da internet, a qual eu faço parte, surgiu o assunto sobre a livre demanda...lembrei da minha primeira consulta com o pediatra da minha filha sobre a livre demanda...

Livre demanda é quando você não tem horários e nem tempo rígidos para as mamadas. Eu já tinha ouvido falar disso...minhas amigas faziam com os seus bbs .

Na maternidade tive instruções sobre como ordenar as mamadas, de três em três horas e 15 minutos em cada peito.

Minha mãe dizia o quanto eu era um reloginho e comprou um relógio para que eu controlasse as mamadas da Dora...

Cheguei no consultório do pediatra com a livre demanda na pauta.

Eu perguntava coisas do tipo, mas dou o peito 15 min e depois troco? De quanto em quanto tempo vou dar o peito? E ele, respondendo esse é o tempo do relógio não o de vcs...hehe.

Aí eu entendi o que é livre demanda. Não há regra mesmo, não há controle de tempo de mamada, não há horas para mamar. Começa quando ela, ou mesmo eu (as vezes o peito enche muuito), estamos afim, e acaba quando ela larga o meu peito. Às vezes mama muito tempo as vezes é uma mamada de sede, um pouco mais curta.

Sabe, depois que eu comecei a livre demanda, aposentei o reloginho que ficava ao lado da cama, tudo ficou muito mais relaxado e gostoso.

Eu acredito que a rotina é importante porque dá segurança para o bb, mas ela é construída em diálogo, depende do que vc esta afim de como é o ritmo do bb, a tolerância do bb, enfim, tudo isso. É um longo assunto esse da rotina, um assunto até para mim que vivo meio sem uma rotina.

Acredite na relação e no diálogo, acho que livre demanda é isso. O pediatra da minha filha me contou de um bb que mamou 7 horas seguidas! A Dora nunca fez isso, ainda bem, não sei se eu teria bancado, eu aguento 1 hora...enfim, vc também esta em livre demanda, vc e seu bb..juntinhos...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O meio:


Depois disso ficamos cada vez mais juntos, tão juntos que a vontade era morar na mesma casa.

Uma vez perguntei para a minha mãe porque as pessoas casavam e ela me disse que as pessoas casavam para não ter mais que falar tchau. Acho que era isso eu não queria mais dizer tchau. Resolvemos comunicar nossa família, iríamos morar juntos e depois fazer uma festa...

Foi ai que sem quere querendo muito veio a Dorinha.

A gestação:

Comecei a sentir cólicas, acordei no meio da noite de tanta dor. Eu estava muito estranha, não tinha muita vontade de fazer nada e sentia minha barriga muito dolorida, podia ser gases. Num sábado à noite indo jantar o dri disse que era para passarmos em um pronto socorro, resolvemos ir no 9 de julho.

Chegando lá relatei minhas queixas para o plantonista que pediu para fazer um Raio X. Veja só raio-x! Já sem sutiã, na sala de raio-x, o técnico me perguntou:

-você tem suspeita de gravidez?

Parei para pensar e fazer as contas, eu disse:

-bom, acho que estou uns 3 dias atrasada - já fazia uma semana – mas acho que não estou grávida não...

O técnico saiu da sala como um foguete, quando fui até a recepção ver o que estava acontecendo, vi ele conversando com o dri. O dri sentado num sofá e, o técnico dizia:

-ela tem suspeita de gravidez eu não posso fazer o raio-x

O dri fez uma cara engraçada, e rapidamente foi comigo falar com o médico. Eu olhava para odri com cara de ué, e ele era bem assertivo, você não vai fazer esse exame.

Falei com o médico morrendo de vergonha a minha suspeita. O médico bem novo rodeado de enfermeiras disse:

- como o técnico não quis fazer o raio-x?

Eu eu com muuuita vergonha perguntei:

-olha, eu acho que não, mas se caso, digo: se por algum acaso eu estiver grávido a o bebê corre algum rico?

-ele desacatou uma ordem minha. Vai lá faça o exame!

-mas e os risco?

-manda ele falar comigo!

Meio sem jeito voltei e falei com o técnico que ligou para o médico e ficou todo sem jeito, ele disse:

- olha o médico foi bastante bruto comigo, mas você é quem sabe, a gente aprende que se existe a suspeita é melhor não fazer o exame...

Olhei para o dri, não estávamos acreditando, e agora?

Saímos fugidos do hospital, em meio a nossa fuga fomos barrados por uma enfermeira:

-vocês estão indo embora?

-sim.

-mas, vocês não vão fazer os exames que o doutor pediu?

-olha, eu posso estar grávida, o que você faria em meu lugar?

-eu...é...bem, eu acreditaria no médico afinal ele tem um crm, ele não colocaria o crm dele em risco.

E eu respondi,

-pois eu estou indo...

Arranquei a pusera da emergência e fui embora.

Não conseguimos dormir, e agora temos que saber se essa suspeite é ou não verdadeira. Pensei vou em outro hospital e peço para fazer o exame.

Acordamos no domingo bem cedo. Fomos ao São Camilo. Disse a minha suspeita, falei das dores e o médico me informou que não podia pedir o teste de gravidez porque não era emergência. Saí de lá e fomos a farmácia comprar o teste...como não tínhamos pensado ainda nisso. Eu achando tudo uma bobeira. Fomos para casa. Corri para o banheiro para fazer o teste. Passado uns segundinho, apareceu a segunda linha azul. Corro para ler a caixa: “duas linhas: teste positivo”. Mas, essa segunda linha ta fraquinha...Saio do banheiro:

-Dri ...risos

Passava um jogo de futebol na televisão que ele assistia

-Dri, deu dois risquinhos, acho que é possitivo

Ele olhou para mim rindo muito, os olhos cheios de lágrima, e me deu um abraço.

-mas, dri – risos de novo – o segundo risco, olha, ta bem fraquinho.

Novo abraço

-bom –ele disse – vamos ligar para o seu ginecologista pede um exame de sangue.

-ligo em pleno domingo?

-Qual o problema?

Pedi o exame ele deixou na portaria.

Não dormimos a noite. Eu porcausa da pizza de calabresa que estava dando o maior enjôo e ele por que não tínhamos nome para caso fosse um menino.

De manhã ele disse:

-Joaquim, se for menino Joaquim, mas se for menina fica Isadora mesmo...dorinha

Exame feito fomos juntos buscar o resultado.

Bcg 11.654,03. “estranho diz que de 1 a 25 não dá para saber, o nosso deu 11”

-droga vamos ter que esperar mais.

Na Volta para casa dentro do carra, cai a ficha:

-Mas, não é 11 é 11mil! Então é positivo.

Confirmado íamos ser pais, marco médico para aquela noite. Corremos para contar aos amigos. Ele telefona para os pais...eu fico estranha.

Sei lá fiquei meio atordoada, sem saber o que fazer, me sentido invadida. Só vinha um pensamento:”hei, quem deixou?!”. Fomos no Japonês comemorar (peixe cru não faz mal, é bom evitar carne crua), eu só queria digerir a informação. Tudo no mesmo dia...

Antes de ir jantar no japonês resolvo passar na minha mãe para dar a noticia, ela sempre pediu um neto...Em um natal regados a Gold Label, minha mãe e o dri se abraçavam e ela pedia:

-me dá um neto?

A reação dela foi imprevisível:

-Ah, eu já sabia...quando você disse que estava com dor...

Passado uns três dias ela me liga:

-Filha, vamos comemorar, eu fiquei tão atrapalhada com a noticia que nem consegui comemorar.

Conto para o meu Pai, ele esfrega as mão e diz que legal um bebê! Sai andando pelo apartamento falando sozinho e esfregando as mão animado. Cumprimenta o dri e esfrega as mãs.

Churrasco com a família do dri, aproveito para comemorar com a minha mãe também...Nossa! que loucura, mas eu ainda nem sei se essa gravidez vai pra frente? Eu nem gosto ainda do meu bebê? Era muito estranho eu só me sentia invadida, uma falta de ânimo e um enjôo que pela mor de Deus. Não conseguia dormir acordava 7 horas da manhã todo dia.

-Dri, eu não quero comemorar, eu tenho medo...acho que não gosto desse bebê

-calma –ele responde – é assim mesmo, você vai gostar, fica tranqüila, é assim mesmo.

No começo da gravidez as cólicas eram muito freqüentes, e a todo momento parecia que eu ia ficar menstruada. Minhas amigas diziam que eu nem andava direito de tanto medo.

Começamos a correr ...eu ainda morava sozinha e me mudei para o apartamento dele, demorei 2 meses para mudar, trabalho, enjôo e mudança...período difícilcomecei a gostar e muito da idéia.

No primeiro ultrason não conseguimos ouvir o coração, fiquei apavorada sonhei que o meu bebê não tinha coração, passada uma semana fiz de novo o exame, que emoção ouvir aquele coração. Um feijãozinho com coração!

Com 8 semanas fui até um grupo de preparação para o parto o Grupo de Apoio a Maternidade Ativa (GAMA) muitas amigas tinha frequentado o grupo, eu sempre adorei ouvir sobre partos e tudo mais. Até assitia um programa na tv sobre partos (Quando eu estava grávida e não sabia, cão conseguia mais assistir a esse programa).

Cheguei e vi um monte de barrigões, cada uma contando suas histórias e a Coordenadora A.C. falando sobre exames. Falei das cólicas e do meu medo. Ela sabiamente disse:

-Deixa a barriga crescer que você vai perder totalmente o medo que alguma coisa aconteça, e vai começar a curtir.

Quando deu 12 semanas eu já era a mulher mais feliz do mundo

0 segundo trimestre:

Minha barriga nem aparecia e eu já queria mostrar pra todo mundo, o enjôo ainda era forte, e a vida estava uma loucura, eu meio em casa meio indo para o dri. Resolvemos ir morar na Aclimação iríamos mudar de Bairro, mas o apartamento era do meu pai, não íamos pagar aluguel e teríamos muito mais espaço.

Minha barriga já aparecia e, eu queria tirar fotos como louca, sentia umas pontadas na bexiga, parecia que quando a minha bexiga estava cheia atrapalhava o bebê e ele chutava para parar de atrapalhar.

Todos falavam que era menino, eu sempre quis ser mãe de menina e o dri levava o maior jeito de pai de menina, fui aprendendo a gostar da idéia de ter um menino. No sala de U.S. :

- É uma menina

-Menina?! –os dois disseram espantados.

-Vocês queriam um menino?

-Não é que todos chutaram que era menino e sei lá...sempre quisemos uma menina...hehe.

Então era a Isadora...Isadora? Não, Só Dora. Isso, Dora, que significa presente. É isso que ela é para a gente um presente.

Continuei indo no Gama entrei na lista da internet e cada vez ficava mais dona do meu processo, cada vez mais informada e claro feliz.

Comecei a fazer Yoga, ajudaram na dor nas costas, Comecei a fazer hidro ajudava muito no pique. Ficava cada dia mais próximo da minha pequena, eu ia realizar meu maior sonho que era ser mãe.

domingo, 22 de novembro de 2009

ainda no inicio

Depois descobrimos ser um encontro de duas pessoas que queriam ficar juntas.
Mas nem sempre querer é suficiente.
ele dizia: você é perfeita para mim
e eu pensava:
Você também, mas como estamos indo rápido.
veio o medo, com o medo os boicotes... Momento sofrido.
vi que posso ir mais longe do que imaginava, descobri novas facetas minhas, nem todas bonitas.
machucamos, fomos machucados, eu ainda mais. O estranho é que eu não ficava triste porque tinha medo de ficar sozinha, eu não tinha esse medo, o que me entristecia era ver uma possibilidade que não podia acontecer...
fomos pouco a pouco superando nossas dificuldades.Ficando cada vez mais juntos
Fomos a Bueno aires
fomos para a Rússia
realizamos o sonho de ambos: fomos para Paris ...vimos que é possível ser feliz às margens do Senna

o inicio:

Tudo começou há muitos anos....
Eu tinha acabado de entrar na Puc no curso de letras, e conheci os meus colegas, entre eles o Dri. Fazíamos parte do mesmo centro Acadêmico. Ele uma pessoa interessantíssima, cheio de idéias, verdades e um coração muito romântico. Adorava passar horas batendo papo com ele. Mas, por incrível que pareça eu não via nada além de um amigo bem bacana. Trocavamos confidências amorosas, dei a maior força quando me contou estar apaixonado por uma professora nossa. Cheguei a frequentar a casa dele quando estava casado com ela...amigo mesmo. Achava linda a história dos dois. Ele se transferiu para a USP e eu por algum tempo ainda mantive contato, mas como moramos em uma cidade completamente maluca que afasta as pessoas, ficamos muitos anos sem se ver.
Muuitos anos depois...
Estava lá eu no vale do anhangabaú, no meio de um show da virada cultural, num estado meio lama, tinha terminado um relacionamento de muitos anos, estava meio sem foco, querendo encontrar alguém ... quase não ia sar de casa, ia ficar curtindo uma fossa, mas resolvi sair. e, no meio da multidão ví um rosto conhecido era ele, o Dri aquele velho amigo da Faculdade. Ele também me viu...pensei:"nossa como ele esta diferente... acho que os sinos tocaram, sei lá.
eu disse:
-nossa você esta igual , mas diferente
ele:
-lele, você também
acho que era como eu o via, diferente, com outros olhos.
show dos racionais...
em meio ao empurra, empurra demos um beijo