Agora que eu sou mãe

Um espaço para compartilhar as aventuras de ser mãe

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Parto?

Essa questão do parto dá muito pano pra manga.  Fato é: vivemos na cultura da cesaria e isso é muito triste. Porque triste? Crianças nascem. Fato. Mas a oportunidade de viver um parto não deveria ser tirado de uma criança e uma mulher. Cesaria tem muitos riscos e incômodos e nossa sociedade recorre a ela na tentativa de segurança. Ninguém fala dos riscos de uma cirurgia de médio porte com anestesia e tudo mais. Pra mãe e pro bb....riscos, tia um bom tema para posts....porque o risco faz parte da vida mas quando viramos mãe, queremos cercar o mundo e nos livrar de tudo que represente perigo...passo noites em claro pensando no que pode acontecer ás meninas e com muito medo de marcar bobeira....por conta disso acaba indo muito mais vezes do que gostaria em ps....enfim um bom tema. Mas voltando. Tive as duas experiências uma cesaria agendada ( claro pedida pelo médico porque tinha passado das 40 semanas) e um parto normal...sem anestesia e dentro da água...riscos? Acho que o nascimento do filho é o nascimento da mãe o momento do parto é um limiar, um portal, um rito de passagem e isso envolve risco de qualquer forma. Estatisticamente é mais arriscado a cesaria mas porque temos tanto medo do parto, medo da dor? Gostei muito do que minha obstetrícia falou uma vez para mim: " a cesaria serve para salvar vidas, é uma cirurgia, é como se resolvêssemos operar todas as pessoas do apêndice para que ninguém tenha o risco de ter apendicite" não faz sentido, não é mesmo? Então penso eu porque fazer uma cesaria sem indicação real?
E tem um outro aspecto: a relação de dominação com o corpo da mulher...uma gestante é vista como um problema...o corpo da mulher e seus mistérios há muito é visto como algo a ser dominado....

terça-feira, 8 de abril de 2014

Tião Rocha e escola

Olha aí o Tião Rocha falando sobre escola...
http://www.inclusive.org.br/?p=24298

A raiva

Maria, minha segundona me ensina a lidar com a raiva, a minha raiva a raiva que ela expressa. Ela tem bastante autonomia e gosta disso, gosta das coisa do jeitão dela, gosta de subir quando quer, pegar o que quer, comer o quanto e do jeito que quer...desde muito pequena ela queria as coisas do seu jeito, bem...as vezes não conseguia me mostrar que jeito queria e aí vem a raiva....a frustração. Estranho como autonomia, vontade própria e raiva, frustração se juntam...hum preciso pensar nisso. É difícil para mim lidar com tamanha autonomia, respeitar...ultimamente tem funcionado ( no sentido de melhorar nossa comunicação) eu olhar bem no olho dela e falar o que eu preciso, o que vamos fazer...assim: " olha, eu preciso te prender na cadeirinha do carro porque vamos buscará a Dora na escola" ela me olha bem seria...mas muitas vezes tento ver o que ela quer e dar tempo para que ela mesma realize a ação...agora ela deu para trocar sua própria fralda! Claro que ainda não consegue mas quando tenho tempo deixo ela fazer várias tentativas...aí entro, explico que agora ela tem que por fralda e pronto...sei lá, vou experimentando esse desafio...

Criança e escola

Ando pensando muito sobre educação e crianças...ando estudando e conhecendo um pouco mais sobre escolas e etc. Bom, sou o que chamam de arte-educadora então esse sempre foi um assunto que me interessou. Mas ando angustiada com a escola, não só a escola da minha filha, nem as que eu dou aula, mas a escola em si....será que toda criança tem que ir para a escola? Bom esse é um direito dela, assegurado pelo estado....mas como estão as escolas? Pouco espaço para o brincar, sem dúvida, muitas demandas...porque exigir que uma criança seja autônoma sem construir um espaço para isso? Como se da os acolhimentos? Como se constroem as diferenças? Qual é a liberdade para a experimentação? Como se da a escuta ( se é que ela existe)? To cansada. De fato das reclamações dos professores sobre os pais, dos professores sobre a instituição, da instituição sobre os professores e os pais dos alunos. Ah, é claro e de pais que se consideram clientes e acham que deveriam levar alguma vantagem nisso. Vivemos num mundo com muitos valores invertidos, sem dúvida. Eu ainda acredito na escola, mas acredito mais no olhar investigaríamos, no corpo livre, nas experimentações e no afeto...acredito muito no vínculo e no afeto...era só um desabafo de mãe.