Agora que eu sou mãe

Um espaço para compartilhar as aventuras de ser mãe

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A difícil arte de trabalhar e criar os filhos

Tudo é difícil, trabalhar e dar conta do combo casa, comida e crianças ou nadar contra a corrente que diz que vc deve ser bem sucedido. Sentir-se fora do mercado... enfim, filhos põem lenha nessa fogueira e fazem com que as mães repensem se devem ou não continuar em seus trabalhos.
Eu escolhi trabalhar, mas é duro sair de casa com um "mãe, vc já vai? Quero vc!fica mais".... pior quando as crias estão doentes e você sabe que elas precisam de você, mas nem sempre isso é possível. 
Um pequeno desabafo para quem deixou uma filhota doentinha em casa hoje...😔

terça-feira, 25 de abril de 2017

Mãe pode ficar doente?

Quebrei o dedão do pé. Uma bobeira caiu um banco no meu dedo e pronto: mega dor!!
O que mais me incomodou não foi a dor (que foi forte) mas o fato de estar sozinha com as meninas. As duas estavam comigo, eu com dor e elas com aquele olho arregalado. 
Entrei num uber e fui para o hospital no caminho avisei:
"Meninas tô com muita dor, vou chorar, tá?" E chorei elas entenderam mas só fiquei tranquila quando a minha mãe com praticamente uma capa de super heroína resgatou as duas...
Que coisa! Temos que ser estrutura dar as respostas para perguntas que nem sabemos. Por que será?
Será que tem que ser assim?

segunda-feira, 24 de abril de 2017

É bom ter dois filhos?

Hoje me fizeram essa pergunta e percebi que tinha uma resposta não muito positiva..." Nossa eu sempre quis ter dois filhos, mas ando tão cansada que não sei se é bom"...kkk
mas pensando um pouco melhor... carência dos dois aumenta, a ciumeira invade...mas quando abraço as duas...sabe aquela sensação de comer muitas amoras direto do pé? se  você como só uma é gostosinha, mas encher a boa...huummmm. assim que eu me sinto com as duas no braço. uma explosão de delicias! fora que ver elas brincando aquesce o meu coração...ok, várias vezeselas brigam, mas brincam muito também.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Parto?

Essa questão do parto dá muito pano pra manga.  Fato é: vivemos na cultura da cesaria e isso é muito triste. Porque triste? Crianças nascem. Fato. Mas a oportunidade de viver um parto não deveria ser tirado de uma criança e uma mulher. Cesaria tem muitos riscos e incômodos e nossa sociedade recorre a ela na tentativa de segurança. Ninguém fala dos riscos de uma cirurgia de médio porte com anestesia e tudo mais. Pra mãe e pro bb....riscos, tia um bom tema para posts....porque o risco faz parte da vida mas quando viramos mãe, queremos cercar o mundo e nos livrar de tudo que represente perigo...passo noites em claro pensando no que pode acontecer ás meninas e com muito medo de marcar bobeira....por conta disso acaba indo muito mais vezes do que gostaria em ps....enfim um bom tema. Mas voltando. Tive as duas experiências uma cesaria agendada ( claro pedida pelo médico porque tinha passado das 40 semanas) e um parto normal...sem anestesia e dentro da água...riscos? Acho que o nascimento do filho é o nascimento da mãe o momento do parto é um limiar, um portal, um rito de passagem e isso envolve risco de qualquer forma. Estatisticamente é mais arriscado a cesaria mas porque temos tanto medo do parto, medo da dor? Gostei muito do que minha obstetrícia falou uma vez para mim: " a cesaria serve para salvar vidas, é uma cirurgia, é como se resolvêssemos operar todas as pessoas do apêndice para que ninguém tenha o risco de ter apendicite" não faz sentido, não é mesmo? Então penso eu porque fazer uma cesaria sem indicação real?
E tem um outro aspecto: a relação de dominação com o corpo da mulher...uma gestante é vista como um problema...o corpo da mulher e seus mistérios há muito é visto como algo a ser dominado....

terça-feira, 8 de abril de 2014

Tião Rocha e escola

Olha aí o Tião Rocha falando sobre escola...
http://www.inclusive.org.br/?p=24298

A raiva

Maria, minha segundona me ensina a lidar com a raiva, a minha raiva a raiva que ela expressa. Ela tem bastante autonomia e gosta disso, gosta das coisa do jeitão dela, gosta de subir quando quer, pegar o que quer, comer o quanto e do jeito que quer...desde muito pequena ela queria as coisas do seu jeito, bem...as vezes não conseguia me mostrar que jeito queria e aí vem a raiva....a frustração. Estranho como autonomia, vontade própria e raiva, frustração se juntam...hum preciso pensar nisso. É difícil para mim lidar com tamanha autonomia, respeitar...ultimamente tem funcionado ( no sentido de melhorar nossa comunicação) eu olhar bem no olho dela e falar o que eu preciso, o que vamos fazer...assim: " olha, eu preciso te prender na cadeirinha do carro porque vamos buscará a Dora na escola" ela me olha bem seria...mas muitas vezes tento ver o que ela quer e dar tempo para que ela mesma realize a ação...agora ela deu para trocar sua própria fralda! Claro que ainda não consegue mas quando tenho tempo deixo ela fazer várias tentativas...aí entro, explico que agora ela tem que por fralda e pronto...sei lá, vou experimentando esse desafio...

Criança e escola

Ando pensando muito sobre educação e crianças...ando estudando e conhecendo um pouco mais sobre escolas e etc. Bom, sou o que chamam de arte-educadora então esse sempre foi um assunto que me interessou. Mas ando angustiada com a escola, não só a escola da minha filha, nem as que eu dou aula, mas a escola em si....será que toda criança tem que ir para a escola? Bom esse é um direito dela, assegurado pelo estado....mas como estão as escolas? Pouco espaço para o brincar, sem dúvida, muitas demandas...porque exigir que uma criança seja autônoma sem construir um espaço para isso? Como se da os acolhimentos? Como se constroem as diferenças? Qual é a liberdade para a experimentação? Como se da a escuta ( se é que ela existe)? To cansada. De fato das reclamações dos professores sobre os pais, dos professores sobre a instituição, da instituição sobre os professores e os pais dos alunos. Ah, é claro e de pais que se consideram clientes e acham que deveriam levar alguma vantagem nisso. Vivemos num mundo com muitos valores invertidos, sem dúvida. Eu ainda acredito na escola, mas acredito mais no olhar investigaríamos, no corpo livre, nas experimentações e no afeto...acredito muito no vínculo e no afeto...era só um desabafo de mãe.